quarta-feira, 30 de maio de 2012

Newsletter UCNF Nº 9



Caros amigos e amigas:

Este é o nono newsletter do Grupo UCNF. Nosso objetivo é contribuir para a divulgação do Universalismo Crístico, a consciência espiritual do terceiro milênio. Para quem ainda não conhece nossa proposta, os três princípios básicos dessa visão libertadora são os seguintes:

I - O amor ao próximo como a si mesmo buscando cultivar as virtudes crísticas de forma verdadeira e incondicional refletindo diretamente o amor do próprio Criador.

II - A crença na reencarnação do espírito e do carma, pois sem esses princípios não existe justiça divina.

III - A busca incessante pela sabedoria espiritual aliada ao progresso filosófico e científico com o objetivo de promover a evolução integral da humanidade.

Para mais informações acesse  www.universalismocristico.com.br


Especial Universalismo Crístico Meio Ambiente no mês de junho

Nos dias 20, 21 e 22 de junho de 2012 acontecerá, na cidade do Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, mais conhecida como a Rio+20. Estarão presentes chefes de estado e representantes dos 193 países membros da ONU. Para mais informações acesse www.rio20.info

Por isso, durante todo o mês de junho de 2012, concomitantemente à Rio+20, acontecerá o “Especial Universalismo Crístico: Meio Ambiente”. Durante o mês, todo o conteúdo do site oficial www.universalismocristico.com.br - incluindo a Coluna Roger Responde, A Vibração Coletiva e a Notícia da Semana - será voltado para a temática ambiental, auxiliando assim todos aqueles que desejam modificar-se e aprimorar-se, com o auxílio da espiritualidade, em sua relação com o meio ambiente no qual vivemos.


2º Unificação - Apresentação musical do Grupo Mangalam

O Grupo Mangalam fará sua apresentação no dia 21 de Julho de 2012, às 13h45 no Teatro Sania Cosmelli, do Colégio Nossa Senhora das Dores, bem no Centro de Nova Friburgo.

Com imenso respeito à diversidade religiosa, o grupo busca promover através da música, o equilíbrio entre corpo-mente-espírito, integrando de modo saudável a espiritualidade do Oriente e a do Ocidente. ”A casa de meu Pai tem muitas moradas. Escolha a porta por onde quer entrar, e o nome que toca o teu altar: Mazda, Buda, Jeová, Krishna, Cristo ou Allah... Tudo é Um, tudo é Deus.”

Para quem ainda não conhece o estilo ecumênico do Grupo Mangalam – e também para quem já conhece – essa é uma boa oportunidade. O Mangalam canta mantras, bhajans, música devocional universal de tradições religiosas milenares. Esse tipo de música leva à reflexão amorosa sobre as diferentes religiões e a unidade existente na aparente diversidade entre elas.

Faça a sua inscrição para o 2º Unifica-ação! Acesse www.unifica-acao.com.br ou www.unifica-acao.blogspot.com.br


Livros

Um de nossos principais objetivos é divulgar os livros do autor Roger Bottini Paranhos, os quais servem de orientação para a compreensão dos ideais do Universalismo Crístico. Aqui no Newsletter UCNF disponibilizamos as sinopses de todos eles, que podem ser adquiridos pelo site da Editora do Conhecimento: www.edconhecimento.com.br

A Nova Era - Orientações espirituais para o Terceiro Milênio”

"No limiar da Nova Era, a Espiritualidade nos presenteia com mais esta belíssima obra literária de Hermes, convocando-nos a profundas reflexões.

Revivendo e corroborando as inesquecíveis revelações trazidas à luz do mundo físico por Ramatís ou nos brindando com instigantes revelações nas diversas áreas do conhecimento científico, a exemplo da clonagem e da engenharia genética, o autor disserta com maestria, em linguagem clara e acessível ao leitor atual, sobre os mais variados temas que intrigam a humanidade neste delicado momento de transição para um mundo melhor, renovado, de paz, harmonia e amor.

Em "A Nova Era - Orientações Espirituais para o Terceiro Milênio", o leitor que busca aprimoramento encontrará interessantes esclarecimentos para indagações sobre assuntos atualíssimos nas áreas da medicina, filosofia, sociologia, religião, educação, mediunidade e existência de Deus, segundo a ótica do Mundo Maior. Entretanto, o que há de mais fascinante nesta obra é o seu contagiante convite para que a humanidade ingresse definitivamente no "paraíso" que será a Terra na Nova Era, cultivando o que existe de mais sublime sob a face do planeta - o Amor que Cristo nos ensinou."

Fonte: Editora do Conhecimento


Postagens do blog

> 08.05.2012 - Aborto de fetos anencéfalos - "Pergunta: Olá Roger, tudo bem? Você poderia me elucidar uma questão? Gostaria de saber qual a posição do Universalismo Crístico acerca da temática do aborto em bebês anencéfalos... Sou a favor da vida, mas quando entra em questão a vida da mãe, entro em conflito..." 
http://ucnf.blogspot.com.br/2012/05/aborto-de-fetos-anencefalos.html


> 14.05.2012 - Educação tradicional e valores espirituais para os jovens - "Pergunta: Olá Roger! Sou professora numa Escola Pública do Estado de São Paulo e muitas vezes fico pensando como despertar nos adolescentes o interesse para uma aprendizagem significativa. As deficiências são tantas que às vezes torna-se muito difícil...."
http://ucnf.blogspot.com.br/2012/05/educacao-tradicional-e-valores.html


> 21.05.2012 - Sofrimento, uma questão de escolha - "Há tanto sofrimento neste mundo... Por vezes me pego tecendo questionamentos a respeito de tudo isso que vemos acontecer a nossa volta e também ao que acontece com nós mesmos e a forma como nos posicionamos. Talvez falte..."
http://ucnf.blogspot.com.br/2012/05/sofrimento-uma-questao-de-escolha.html


> 28.05.2012 - Por que nossa evolução atual acontece nos planos astral inferior e físico? - "Viemos do Plano Astral Superior para um Plano mais denso e imperfeito (Astral Inferior), para que, na interação com as dificuldades inerentes a este nível evolutivo, as nossas imperfeições venham à tona e tenhamos então a possibilidade de lidar com elas..."
http://ucnf.blogspot.com.br/2012/05/por-que-nossa-evolucao-deve-ser-feita.html

Paz e Luz a todos!




segunda-feira, 28 de maio de 2012

Por que nossa evolução atual acontece nos planos astral inferior e físico?


“Viemos do Plano Astral Superior para um Plano mais denso e imperfeito (Astral Inferior), para que, na interação com as dificuldades inerentes a este nível evolutivo, as nossas imperfeições venham à tona e tenhamos então a possibilidade de lidar com elas, visando a sua melhoria ou eliminação. Isso não pode ocorrer quando estamos desencarnados no Astral Superior, pela elevada consciência vigente lá, que faz com que não existam os testes e as provas comuns aqui. Lá em cima, pela elevada frequência vibratória do local, são ativados nossos chakras superiores e manifestamos nossas superioridades; aqui, pela baixa frequência vigente, ativam-se nossos chakras inferiores e manifestam-se nossas inferioridades; por isso voltamos para cá: para encontrarmos nossas inferioridades, que lá se ocultam. Mas quando as encontramos, culpamos os pais, a família, a vida, os outros, a sociedade...


Viemos buscar os resgates e harmonizações com antigos companheiros de viagem, que geralmente vêm na nossa família, ou vamos encontrando durante a vida. Mas para alcançarmos isso, precisamos primeiramente irmos curando nossas inferioridades: orgulho, vaidade, mágoa, raiva, ressentimento, etc.

Essas noções e tantas outras a respeito da Reencarnação, que têm permanecido limitadas apenas ao campo da religião, principalmente na religião Espírita (no ocidente), precisam agora ser incorporadas pela Psicologia e pela Psiquiatria, a fim de serem mais bem entendidos os nossos problemas e conflitos. Também a Medicina, e isso já está ocorrendo, irá entender que não somos apenas esse corpo físico visível, e sim temos outros corpos, sutis, onde iniciam-se verdadeiramente as doenças. A Psiquiatria, um dia, quando entrar no campo do invisível, entenderá o que são essas vozes "imaginárias", o que são as "alucinações", etc., e descobrirá que o que chama de "paranóia", "esquizofrenia", "transtorno bipolar", etc., comumente são emersões de nossas personalidades de outras vidas, geralmente acompanhadas de outras personalidades, intrusas, os chamados obsessores.

Está chegando um novo Milênio e, com ele, uma nova Psicologia, uma nova Medicina e uma nova Psiquiatria. E os médicos, os psicólogos, os psiquiatras e os psicoterapeutas em geral, que acreditam nos princípios reencarnacionistas, não podem mais lidar apenas com o nosso corpo visível e as doenças físicas, e com essa passagem terrestre, chamando-se, equivocadamente, de "a vida". É preciso coerência; quem acredita em Reencarnação deve vivenciá-la no seu dia-a-dia e não apenas quando está em seu Centro Espírita ou lendo seus livros em casa. Assim caminha a Humanidade, a passos lentos, mas sempre adiante. Então, vamos em frente!

Reencarnamos para tentarmos melhorar uma tendência de manifestarmos pensamentos e sentimentos ainda inferiores (Personalidade Congênita), passando por situações que os fazem aflorar e transparecer (gatilhos), com o objetivo evolutivo de os enfrentarmos e vencermos (a Missão). Então, aqui estamos, novamente, e repetidas vezes, para encontrarmos nossas características negativas e modificá-las positivamente. Estamos propondo que, em vez de nos vitimizarmos e criarmos toda uma problemática psicopatogênica em relação à infância, baseada na mágoa, na tristeza, na rejeição, na raiva, etc., passemos a encarar de modo diferente essas situações e até, quem sabe, agradeçamos ao nosso destino por tê-las colocado em nosso caminho, pois assim saberemos o que viemos curar em nós (a Reforma Íntima).

Por que alguém precisou vir filho daquela mãe? O que houve entre eles em encarnações passadas? O filho pode ter sido seu marido, seu patrão, seu carrasco... Deus nunca erra o alvo.

Reencarnamos para encontrar nossas imperfeições, mas quando as encontramos por vezes não gostamos das pessoas e/ou situações que as fazem aflorar. E aí sentimos raiva ou mágoa daquela pessoa, mas, na verdade, nós estamos exteriorizando nossa raiva e mágoa congênitas, que nasceram conosco, o que é diferente de pensar que a raiva e a mágoa surgiram na infância. Exemplificando: uma pessoa refere um forte sentimento de rejeição e mágoa por ter-se sentido abandonada e não querida durante a infância. Acredita que a causa disso foi o fato de seu pai não ter assumido a paternidade e abandonado a família. Ela revela, desde criança, uma postura perante a vida calçada nesses sentimentos e durante sua vida frequentemente sente-se triste, magoada, e com a sensação e o medo de ser rejeitada. No entanto, inúmeras outras pessoas, que quando crianças passaram por situações semelhantes, não manifestam esses pensamentos e sentimentos ou, pelo menos, não em nível tão profundo. Por quê? Claro que fatores atenuantes como atenções e orientações dos demais familiares, atendimento psicológico precoce, etc., ajudam a que isso não ocorra de modo grave. Mas a explicação para o fato daquela pessoa ter demonstrado enormes sentimentos de abandono e rejeição, ou seja, ter sentido aquela situação de um modo tão intenso e outras pessoas que passaram por situação semelhante não terem sentido tanto assim, é que ela já trazia essa tendência consigo, a tendência de sentir desse modo, de situações semelhantes vivenciadas em encarnações anteriores, o que nessa encarnação sofreu mais um reforço, pela atitude paterna.

E por que sua Alma necessitou passar por essa situação nessa encarnação? Muitas vezes, nós temos contato com nossos futuros pais antes mesmo de iniciarmos nossa materialização intra-uterina, e então podemos conversar com essa pessoa sobre isso nas conversas de Psicoterapia Reencarnacionista. Por que ela, que traz abandono e rejeição para curar, oriundas de encarnações passadas, necessita passar por uma nova vivência encarnatória semelhante? Se lembrarmos que descemos do Astral Superior para encontrarmos nossas inferioridades, ela pode ter necessitado dessa experiência para que esses antigos sentimentos aflorassem e pudesse então entrar em contato com eles, possibilitando-se trabalhá-los e curá-los. Se alguém traz mágoa e sensação de abandono para curar em seu Espírito, necessitará de pessoas ou situações que façam isso aflorar. E a Lei do Retorno? Quem sabe ela abandonou esse Espírito que é seu pai atualmente em alguma vida passada, e então ela não é uma vitima e, sim, coadjuvante de todo esse processo? Nas regressões algumas vezes o abandonado e rejeitado hoje e em vidas passadas vê-se como um abandonador e rejeitador em vidas ainda mais passadas...

Nossa Alma colabora na criação de nossas experiências terrenas por uma necessidade de crescimento, que implica em eliminar esses seculares ou milenares sentimentos e pensamentos negativos, ou seja, reencarnamos para isso, para essa "limpeza", e então devemos fazê-la, e não manter, ou até agravar esses sentimentos. Isso é o que significa dizermos que nós pedimos isso... Não fomos nós, nossos Egos, foi nossa Alma, em conjunto com a Grande Alma (Deus). Mas se acharmos que tudo começou na infância, que somos uma vítima, que nosso pai - ou nossa mãe - é o vilão, vamos passar anos e anos em terapia falando sobre isso, até que um dia nosso corpo físico morre, subimos para o Astral Superior, encontramos nosso Mentor Espiritual, que senta conosco em um banco naquele lindo jardim, abre um telão e nos diz: vamos examinar algumas de suas vidas passadas?”

Por Mauro Kwitko

Título original: Por que nossa evolução tem de ser feita no Astral Inferior (e o no plano físico) e não no Astral Superior?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sofrimento, uma questão de escolha


Há tanto sofrimento neste mundo... Por vezes me pego tecendo questionamentos a respeito de tudo isso que vemos acontecer a nossa volta e também ao que acontece com nós mesmos e a forma como nos posicionamos. Talvez falte a muitos um entendimento para lidar com situações por vezes tão difíceis: o sofrimento não é um castigo, mas uma escolha. E isso pode ser desdobrado em diversos aspectos.

O primeiro é a escolha em tomar certas atitudes. Se para toda ação há uma reação, se colhemos aquilo que plantamos, há de se ter consciência das consequências de nossas ações. Tendo isso em mente, não resta muito do que se queixar. O que vivemos hoje é fruto do que somos, do que pensamos e da forma como agimos. E aqui entra uma segunda questão: quando se tratam de questões cármicas temos muitas vezes a oportunidade de escolher como as resgataremos. Formas muito difíceis podem representar resgates mais rápidos ou eficazes. Embora não nos lembremos, fizemos algumas escolhas, anteriores ao nosso encarne. Na nossa família, por exemplo, podem se encontrar nossos carmas mais pesados. Escolhemos fazer parte dela! Cabe-nos o discernimento para transmutar relações negativas, estar atento para não reagir a elas, agindo no sentido de desvencilhamento e produção de amor. E eis aqui mais uma escolha: a de por fim a estas questões.


Outra escolha, um tanto mais delicada, que pode nos soar de forma estranha, é aquela que diz respeito ao próprio sofrer. Existem diversas formas de se encarar uma situação complicada: podemos utilizá-la para tecer questionamentos acerca de nós mesmos e de nossa postura, tendo a humildade de observar em que somos falhos, com amor a nós mesmos e sem julgamentos, e avaliando se é possível promover alguma mudança; podemos sublimar, fazer arte, criar a partir de tal situação; ou podemos nos vitimizar, nos deixar levar por intensa dor, questionando-nos de “por que estamos vivendo isso”. Esta última de certo não é a mais saudável, mas talvez seja a nossa escolha preferida. De certa forma temos ganhos com esta postura, nos sentimos mais ouvidos, mais amados... Utilizamos esta postura para manter próximos aqueles de quem gostamos, que acabam se aproximando por pena ou culpa. Atitudes que evidenciam apenas o apego. Quando, porém, conseguimos nos afastar dessa vitimização a que nos submetemos e adotar outras posturas, agimos com mais sabedoria, atentos ao que realmente somos, sem máscaras. Desta forma podemos traçar nosso caminho evolutivo de forma mais consciente.

Mas e quando escolhemos por fim às questões que nos causam sofrimento? De acordo com os ensinamentos do budismo tibetano, samsara é a continua repetição de nascimento e morte, desde o passado até o presente e o futuro, através dos seis ilusórios reinos: Inferno, dos Fantasmas Famintos, dos Animais, Asura ou Demônios Belicosos, Ser Humano, dos Deuses e da Bem-Aventurança. Dependendo do nosso karma poderemos nos encontrar nos reinos inferiores ou superiores, mas continuar dentro da roda. Samsara é tudo aquilo que nos ata a vida material, é um padrão repleto de medos e expectativas, de ódio e desejo, de amarras e ilusões. O grande objetivo do homem deve ser escapar dessa realidade.


“No reino de samsara pode haver muitos tipos de experiências e formas de ser, várias delas sedutoras. No entanto, para o budismo, todas estão condenadas ao sofrimento. Não existe alívio que perdure, nem promessa de felicidade que seja cumprida.(...) Aceitar que a vida é feita de perdas e separações é o primeiro passo para encontrar a harmonia. O segundo é não projetar a felicidade externamente, seja em pessoas, bens, sonhos ou ideais. Segundo a doutrina budista, a felicidade está bem mais perto do que se espera: dentro de você.” (SAMSARA, A RODA DA VIDA, disponível em www.triada.com.br).

Aqui a escolha diz respeito a lidar com a vida de forma diferente da habitual, a viver de maneira mais sábia. Quando conseguimos abandonar essa roda de transmigração, adquirindo a perfeita sabedoria, nos iluminando, então nos desvencilhamos do sofrimento. Segundo a lei natural do Universo, todos os seres alcançarão este estado, mesmo que isso leve um tempo incalculável – e muitas e muitas voltas na roda de samsara – para acontecer.

Todos nós já fizemos muitas destas escolhas, já vivemos situações diversas, e todas foram importantes para nossa constituição enquanto ser. Já tivemos muitas experiências que contribuiram para que nos tornemos quem somos hoje. Cabe agora somente avaliar para quais escolhas o momento atual está propício. Faça as suas!

UCNF

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Educação tradicional e valores espirituais para os jovens

Pergunta (14/05/2012): Olá Roger! Sou professora numa Escola Pública do Estado de São Paulo e muitas vezes fico pensando como despertar nos adolescentes o interesse para uma aprendizagem significativa. As deficiências são tantas que às vezes torna-se muito difícil.  Como uma educadora pode contribuir para a evolução destes jovens?  Eu tento fazer o possível para despertá-los para o estudo, mas confesso que poucos se dedicam. A prova são estes índices baixos que vemos nas avaliações! O que fazer?

Roger: Oi querida amiga, essa é uma das nossas principais preocupações também. No novo livro “Universalismo Crístico Avançado”, que será lançado em setembro desse ano, abordamos o tema com profundidade, dedicando a ele um capítulo exclusivo e diversas outras reflexões durante todo o livro.

Um dos principais pontos abordados diz respeito a estimularmos nos jovens o saudável hábito de filosofar, ao invés de apenas ensinarmos o conteúdo tradicional de forma mecânica, que, sem dúvida, é importante para a formação humana. Hoje em dia os homens parecem robôs, que são facilmente manipulados por instrumentos de manipulação de massas, pois não há reflexão sobre o aprendizado. Tudo porque a filosofia, o ato de pensar e chegar a conclusão por suas próprias reflexões, foi completamente abandonada do modelo educacional vigente. As escolas precisam resgatar o modelo educacional filosófico e reflexivo. Hoje em dia os alunos apenas decoram as matérias, sem “integrar o conhecimento”. Eles não compreendem o significado daquele saber para o seu desenvolvimento humano e espiritual.  Muitos nem lembram mais o que estudaram no ano seguinte, tornando-se adultos sem opinião própria e sem capacidade de conceber reflexões que poderiam ajudar muito em suas profissões e vidas.


Outro ponto que abordamos é que a educação familiar e a escolar são os alicerces máximos da boa formação do homem. A criança que recebe uma educação positiva e com bons valores, através dessas duas estruturas, tornar-se-á um adulto de sucesso e feliz. Precisamos preparar o terreno para as novas gerações que se sintonizarão naturalmente com a luz. Precisamos educá-las desde cedo para que vejam o caminho de paz e amor que devem seguir. Uma revolução na educação precisa ser iniciada. Esse é um dos principais papéis que o Universalismo Crístico defenderá quando estiver plenamente estruturado por todo o país. As novas gerações, de boa índole, se bem formadas desde a infância, estabelecerão na Terra a Nova Era.

Se nós desejamos perpetuar na Terra um elevado padrão de vida e desenvolvimento humano e espiritual, tornando os homens conscientes, livres e pacíficos, esse caminho encontra-se, sem dúvida alguma, na educação através de efetivos modelos de conscientização e despertamento. Ensinar os nossos filhos a pensarem e lhes oferecer conhecimento é a melhor herança que poderíamos dar a eles e ao mundo como um todo. Os pais e educadores devem perceber isso e ensinar e estimular nas crianças o que realmente importa. Não se consegue formar homens e mulheres valorosos por meio de elogios fúteis, focados no ego de cada um. Para isso é preciso incentivá-los a comportamentos e valores dignos.

Infelizmente esse espaço é muito pequeno para abordarmos com profundidade um tema tão importante como este. Mas logo, o livro “Universalismo Crístico Avançado” estará disponível para todos com dezenas de páginas a respeito desse tema.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Aborto de fetos anencéfalos


A Coluna “Roger Responde” é publicada toda segunda-feira no site www.universalismocristico.com.br. Roger Bottini Paranhos é autor do livro “Universalismo Crístico – O Futuro das Religiões”, que pode ser adquirido pelo site da Editora do Conhecimento: www.edconhecimento.com.br

"Pergunta (07/05/2012): Olá Roger, tudo bem? Você poderia me elucidar uma questão? Gostaria de saber qual a posição do Universalismo Crístico acerca da temática do aborto em bebês anencéfalos... Sou a favor da vida, mas quando entra em questão a vida da mãe, entro em conflito... Você poderia me ajudar a clarificar essa questão que me afeta tanto o íntimo? Afinal, tendo a mãe risco de vida, ela não deve ser preservada?

Roger: amigos, recebi dezenas de emails a respeito dessa questão que foi aprovada no STF faz poucas semanas. Vale ressaltar que foi aprovado o direito de realizar o aborto, e não a sua obrigatoriedade. O livre arbítrio de cada um, nosso direito mais precioso, está preservado. No entanto, vale algumas considerações para que seja tomada a decisão consciente.

Esse é um assunto muito delicado e que devemos opinar com prudência. Na compreensão que tenho das coisas que me foram passadas até hoje pelos mestres, entendo que o aborto só deve ser realizado quando existir risco de morte da mãe. Se for esse o caso, indiscutivelmente sou favorável a realização do aborto. Caso não seja esse o caso,  sou contra até mesmo ao aborto em situações de estupro que não haja risco de morte para a mãe.  A experiência na vida humana é um campo de aprendizado de Deus, e não obra do acaso. Não vivemos situações as quais não necessitamos passar. Colhemos o que plantamos e vivemos segundo a lei de “ação e reação”. A gestação de um filho concebido em um ato de estupro ou com deficiências pode resultar na encarnação de um espírito iluminado que irá trazer grande aprendizado para os pais e para o meio onde viverá. Não devemos nos focar somente na “casca” e/ou na situação trágica da concepção.

Logo, nada ocorre por acaso. A gestação de anencéfalos trata-se de um aprendizado para os pais e um processo de retificação cármica para o espírito que está ligado a esse corpo em formação, com o objetivo de reconstruir o seu corpo perispiritual degradado devido a algum ato destrutivo ou de suicídio.  Nessas situações, geralmente os pais e o nascituro estão ligados por laços cármicos, e é um gesto de generosidade dos genitores acolhe-lo até o momento de sua inevitável morte prematura, permitindo assim a reconfiguração de seu corpo perispiritual através do molde físico transitório. E, também, essa gestação serve de instrumento para amenizar as dores de sua alma sofrida, através do amor que receberá de pais conscientes que lhe devem dirigir pensamentos e sentimentos de amor. Se não implica em risco direto de morte para mãe, por que não realizar o gesto generoso de vibrar com energias de amor para esse irmão que necessita de carinho e encontra-se acolhido em seu útero?


É um tema realmente difícil e delicado. E nós, espíritos encarnados, por mais contato que tenhamos com a Espiritualidade Superior, não temos todas as respostas e não somos senhores da Verdade. No entanto, creio que o gesto mais sensato e de acordo com a vontade divina é o de respeitar essa aparente “obra do acaso” com uma predisposição e determinação divinas de fazer o bem ao nosso semelhante, no caso, o feto anencéfalo.

Ninguém vive experiências as quais não necessita para seu aprendizado. Acreditar no acaso, é não crer na Inteligência divina. Infelizmente, a humanidade ainda vive muito distanciada do saber espiritual para compreender o quão importante é esse gesto de amor de permitir que essa gravidez siga o seu curso normal. A realidade espiritual ainda é invisível aos olhos dos leigos. Em minha opinião, a lei está certa em não ser proibitiva. Não somos mais crianças. O que falta em nossa humanidade é o desenvolvimento da consciência espiritual para saber decidir qual o caminho correto a seguir, com total liberdade para decidirmos os nossos atos.

Além disso tudo, achar natural o aborto de anencéfalos pode ser o primeiro passo para justificar o aborto de qualquer outras situações de gestações fora dos padrões da normalidade. E em breve poderemos até mesmo estarmos abrindo as portas para interromper, de forma aparentemente justificável, gestações de crianças que não nasçam loiras e de olhos azuis por meio de técnicas de engenharia genética. A defesa e aceitação natural do aborto, seja de que forma for, permite a humanidade inconsequente caminhar em direção a um pensamento nazista e típico dos magos negros atlantes, assim como narramos no livro “Atlântida – No reino das trevas”, onde se procurava dar oportunidades de reencarnação somente a filhos “ditos perfeitos”. Os demais deveriam ser eliminados."