segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Espiritualidade, ciência e religião: no caminho para um ser universalista

Na busca por uma identidade universalista, nos deparamos com diversos conceitos sobre a imortalidade do ser humano, ensinada por diversas bases teóricas que visam desvendar a misteriosa ligação entre o homem e Deus.

Através de estudos incessantes, as religiões propagam entre os seus fieis, conceitos sobre o que há além da vida e explicações sobre o papel de Deus no Universo, baseando-se nas ferramentas que possuem como a Bíblia, o Alcorão entre outras escrituras históricas, consideradas sagradas, que explicam a existência da vida humana além do corpo material. Nesse caso, as religiões tornam-se verdadeiras bússolas que conduzem ao entendimento espiritual, orientando o ser humano dentro dos seus limites de abrangência

A procura por definições que caracterizam o lado espiritual, além de sustentadas por essas bases religiosas, passaram a ser, recentemente, uma constante pesquisa dentro do meio cientifico, que usa os conhecimentos acadêmicos da Teologia, Psicologia, Física entre outros, para absorver da realidade concreta as explicações sobre a perpetuidade intangível e invisível da vida humana.

Deste modo, a ciência usa a visão racional para formular respostas que expliquem de modo coerente e provável as crescentes indagações não respondidas nos rituais religiosos, a fim de tentar desmistificar as crenças religiosas. Embora os estudos minuciosamente racionais sejam comuns aos parâmetros científicos, eles não se tornam uma regra. Aos poucos, alguns profissionais da ciência rendem-se ao estudo sobre o lado transcendental da vida humana e sobre o poder intuitivo do homem.
 
 
O despertar acerca de uma visão mais aberta a novos conceitos surge, por exemplo, nas pesquisas elaboradas por físicos quânticos, ao apresentar a teoria da ação e reação provocada pelos pensamentos humanos.  Neste contexto, a física quântica analisa a força da mente e a capacidade que esta possui de atrair pessoas e situações através da vibração dos pensamentos que emite. Tal fato é um pequeno passo para a compreensão do que existe além do ser material.

Além desses dois grupos - religiosos e cientistas - é notável o aparecimento de um terceiro: os espiritualistas. Estes normalmente aparecem desassociados de qualquer religião ou de conceitos científicos. Buscam compreender a sua ligação com o divino abrindo-se aos assuntos místicos e colocando-se na posição de agentes promotores da paz e do equilíbrio. Os verdadeiros espiritualistas ultrapassam os rótulos religiosos e buscam dentro de si o real sentido da vida, se amparando em bases filosóficas para fundamentar a relação entre a alma e o corpo e a conexão desses dois elementos com as demais estruturas do planeta e do Universo.

E aí nos perguntamos: em que acreditar? Como desenvolver uma posição universalista equilibrada diante de tantos conceitos sustentados por ideologias tão diversas? E como nos portar diante de tantas informações?

O primeiro passo é tentar se harmonizar dentro dessa pluralidade de teorias existenciais permitindo-se compreender que cada religião, bem como cada pesquisa cientifica atua nos limites do seu estado de consciência, ou seja, nos limites da sua capacidade de entendimento, desenvolvido dentro de suas crenças e campos de estudo.

A espiritualidade, a religião e a ciência, quando trabalhadas em sistema de intercessão, se transformam em ferramentas essenciais para lapidar a formação de um estado de “unidade crística”. No mais, o homem somente desvendará o mistério sobre o que há após a vida, quando obter o esclarecimento através dos próprios instrumentos que utiliza, aprofundando-se em seus estudos e os conectando a conceitos diversos. E assim descobrirá novas utilidades para esses instrumentos; momento em que atingirá a clareza espiritual. Aos poucos, o ser humano perceberá, através das “entrelinhas”, que estamos seguindo para o mesmo objetivo: a criação de um universo holístico, pleno dos diversos saberes.

À medida que o ser humano se aprofundar em seus estudos transcendentais, deverá desenvolver o uso de novas fontes de conhecimento, para que não se estagne na jornada rumo à descoberta dos mistérios que rodeiam a origem do Universo. Para isso, deve-se ter em mente que Deus é O ser universal. Ele é o fruto da união entre todas as coisas na Terra e em toda a Criação. E para descobri-Lo em sua essência é necessária à integração das diversas teorias: religiosas, cientificas e espiritualistas.

Deus nos orienta à união entre os saberes, e esta união já está em andamento. Porque Deus está presente em tudo e em todos. É a essência cósmica e infinita da vida que nos aproxima cada vez mais. Observe os avanços da ciência e as suas descobertas incríveis que vem ajudando, e muito, a amenizar as dores físicas dos homens e a facilitar ao máximo as suas vidas. Por que Deus não estaria entre os sábios profissionais dessa ciência tão eficiente?

Por que Deus não estaria na grande massa religiosa? Nos cultos, nas missas, nos rituais sagrados? De fato, muitas religiões carecerem de espiritualidade, por estarem ainda muito enraizadas ao rito formado pelo seu senso ideológico. Contudo são elas as grandes consoladoras do sofrimento humano, divulgando aos homens palavras de conforto e os fazendo refletir sobre um propósito maior, além da vida. Então, por que Deus não estaria com eles assim como está presente nos crescentes grupos espiritualistas, que assumem uma postura humilde, ao considerar que o outro é parte de si mesmo?

Entendam queridos irmãos e irmãs, que o Universo é fruto da soma das diferenças, e estas se completam de forma interdependente. Por isso, na busca por nossa identidade universalista, devemos integrar essas diferenças, conhecê-las e experimentá-las, para que estejamos aptos a dizer que somos realmente seres universais, porque aceitamos o fato de que o conhecimento crístico não concerne apenas a nós, mas também a outros grupos que caminham ou um dia caminharão para o mesmo destino: A fonte da nossa origem!
 
Por UCNF

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